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Cabo Verde - COLONIZAÇÃO E ECONOMIA: Encontravam-se despovoadas quando da sua  descoberta pelo navegador António Noli, ao serviço de Portugal, entre 1450 e 1460.  O povoamento com colonos algarvios começou em 1462 na Ilha de Santiago, devido à sua posição estratégica em regime de capitania, e ali foi estabelecida a primeira feitoria na Ribeira Grande, com hospital, como ponto de abastecimento de água e de mantimentos aos navios e como entreposto comercial e de aprovisionamento, sobretudo do tráfego de escravos, plantas e animais. As Ilhas de Fogo e de Maio foram colonizadas com colonos da Casa do Infante D. Fernando na década de 1460. As restantes ilhas, S. Antão, S. Vicente, Stª Luzia, S. Nicolau, Sal e Bravo, só foram colonizadas no século XVIII, e todas produziam gado caprino, cavalar e muar, couro, sebo, carne, peixe e pesca de baleia e sal e milho, cana-de-açucar e algodão, hortaliça e fruta e cada uma delas funcionava como uma capitania. Exportavam sal e milho, e cavalos para todo o império e para as possessões inglesas das Índias Ocidentais. Os colonos, além do trafico de escravos africanos e outras mercadorias, dedicavam-se a criação de gado e produção de urzela. Com a abolição do comércio de escravos no século XIX  Cabo Verde entrou em decadência e passou a viver com base numa economia de subsistência, e, europeus  e escravos da costa africana fundiram-se num só povo, o caboverdiano, dando origem ao dialeto crioulo, mistura da língua portuguesa com palavras dos escravos africanos.

 Ribeira Grande em 1533 tornou-se cidade e aí foi criado o bispado com jurisdição sobre Marrocos e Guiné.

Para suster os ataques dos corsários ingleses, holandeses e franceses, construíram-se e repararam-se fortes e foi estabelecido um Governo-Geral, em 1587 na Ribeira Grande.

Em 1676 foi formada a Companhia de Cacheu e dos Rios da Guiné, com monopólio de comércio e de exportação de escravos para a América espanhola e tentou-se a introdução de algodão, índigo, urzela, Sena e café, mas só a urzela e o algodão eram proveitosas para exportação.

Os franceses e os ingleses atacaram e saquearam Ribeira Grande em 1798.

Com a revolução liberal, os textos constitucionais referiam três governos gerais nos domínios africanos – o de Cabo Verde e Guiné, o de Angola e o de Moçambique, e um governo particular – o de São Tomé e Príncipe e São João Baptista de Ajudá. Assim Cabo Verde e Guiné formam um só governo e as ligações entre as ilhas de Cabo Verde e a zona continental dos rios da Guiné, ou Senegâmbia portuguesa, eram muito estreitas e na década de 1840 os comerciantes muçulmanos do interior e os negreiros crioulos implantados na costa da Guiné ou em Cabo Verde, beneficiaram os estados islâmicos

Na África Ocidental, em Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Angola, com o liberalismo as terras do sector público são transferidas ao sector privado para plantação e exploração das culturas e para exploração mineira, quando ao mesmo tempo em Cabo Verde se deu a decadência do sistema senhorial, como morgadios, devido a proibição do uso da mão-de-obra escrava e servil, e que são abolidos em 1859, facto que causou a emigração dos serviçais cabo-verdianos para roças de São Tomé e Príncipe.

 Depois do povoamento das ilhas do Barlavento, sobretudo da ilha de São Vicente,  o Mindelo torna-se uma cidade florescente, dotada de um porto carvoeiro bem apetrechado, e graças ao grande surto do desenvolvimento Cabo Verde se separa da Guiné, em 1879.      

INDEPENDÊNCIA: Em 1956, Amílcar Cabral criou o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Após a revolução de 25/4/1974 em Lisboa, no dia 19 de Dezembro de 1974 foi assinado um acordo entre o PAIGC e Portugal, instaurando-se um governo de transição em Cabo Verde. Este mesmo Governo preparou as eleições para uma Assembleia Nacional Popular que em 5 de Julho de 1975 proclamou a independência.
Em 1991 após eleiçõesfoi instituída uma democracia parlamentar.  

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